I Parte da explicação sobre locuções verbais
II Parte da explicação sobre locuções verbais
Orientadoras Temporada III
Professoras:
Sandra Lousada,
Prof. de Prática Pedagógica IV
Marta Divina,
Prof. de Prática Pedagógica IV
Monitora de Ensino
Genir Pereira,
Monitora de ensino de Prática Pedagógica IV
Sinais de pontuação:
O espaço: Um dos elementos que constituem a narrativa.
Escurecendo Os Fatos -Audio
Cronicalizando:
Crônica:
"A Bola"
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como e que liga? — perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
— Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta…
— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada, não.
O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de bip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.
O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
— Filho, olha.
O garoto disse “Legal”, mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.
Luis Fernando Verissimo
Fonte: Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Sobre a crônica:
Qual é crítica que se refere à crônica?
Reflexão:
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"Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender."
Paulo Freire
Evento
O Que Estamos Lendo
Coordenação Pedagógica na Educação Infantil aborda a atuação do coordenador pedagógico, concebido como sujeito histórico-cultural, protagonista de sua história e construtor de sua identidade profissional na convivência com o outro. Apresenta a qualidade negociada construída pelos protagonistas das creches e pré-escolas, que tem significado próprio em cada contexto, integrando a dinâmica das relações no âmbito da Educação Infantil e, sobretudo, contribuindo para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. A partir destas concepções e conceitos são apresentados indicadores de qualidade na atuação desse profissional, construídos na perspectiva da "qualidade negociada", como base para refletir, entender e avaliar a prática pedagógica e, se necessário, mudá-la, visando à promoção da qualidade da Educação Infantil.
Autora: Rosiane Oliveira